domingo, 3 de abril de 2011

Dissecando - SONHA POR MIM


             Vamos lá. Essa canção, carrega um lirismo entre a tristeza e a esperança. Seu tom é Lá menor, além de uma modulação para Mi. Ela se divide em 4 partes, com algumas variações de letra.

Primeira parte os acordes são Am9, G#º e E7.
LETRA: Bato na sua janela, mas sei que um denso sono te impede de ouvir, bato mais alto, bato assim, quase em compasso, bato pra ti.

Segunda perte (2x Dm e G)   G#º, F, C, D#º, Dm, G.
LETRA: Pra te acordar, pra te mostrar um novo amanhã, que nasce assim pra mim e pra ti.

Terceira parte mudula para o tom de MI, (2x Am e Em) F#, B, A, E, D#º >>>> é um riff>>>> 2x Am, C, B,
LETRA: Em vão tentei te acordar, mas você estar num sono sem fim, então sonha por mim

Quarta parte (2x Dm e G) G#º, F, C, D#º, Dm, G.
LETRA: Pois o meu dia raiaou eu tenho qu trabalhar, pra ver chegar o dia em que sonharei por quem sonhou por mim.


Cinema e Pensamento




Cinema e filosofia





Cinema e sociologia 2




Cinema e Ciências Sociais


O Enigma de Kaspar Hauser
Ótimo filme, direção de Herzorg trata de um homem que quando crinça foi abandonado e criado distante de qualquer contato com os outros homens. Tem um cunho antropológico muito forte, mostrando uma das caracteristicas mais fortes do ser humano: A cultura.



Entre os muros da escola
O filme aborda aspect muito fortes da sociologia da educação Boudesiana, assim como as de Bernard Lahie. O choque de habitos para Pierre Bourdieu, o choque de disposições para Lahire. Muito bom filme para reflexão da educação sistemazada como um todo.


Zelig
Esse aqui, é do Wood Allen. Quem gosta da abordagem de Erving Goffman deve assistir Zelig, O homem camaleão, muito bom filme. É um falso documentário, no qual Wood Allen interpreta um homem que imita ser outros para se sair bem nas convenções sociais.  


Club da luta
Esse é para quem gosta de Nobert Elias. Quem já leu esse autor sabe teoriza sobre a economia das emoções e dos meios civilizados de escape para essas emoções. Pois, bem o club da luta dá um exemplo não muito civilizado de como canalizar emoções. O ant civilismo do club da luta é tão claro que no fim, a proprosta dos menbros é destruir um prédio que representa a civilização, ou melhor, um Establisment civico.



Laranja Mecânica
Esse é um clássico do Kubrik. Filme que fala da violência do indivíduo e da violência do Estado, além de tratar das teorias Behavioristas, ou do condicionamento de Pavlov e Skinner.

Disco descolado da Arcania

               Bem, baixei e escutei esse som dos camaradas da Arcania, gravado No Teatro Linda Mascarenhas.
O que axei?????????????????????????

              Vamos lá, as músicas meio que contam uma história de vida para quem tem por ai seus 20 a 24 anos e viveu regado a roc'n roll. Fiel a sua proposta, a banda ainda mostra algunas músicas autorais e um entrosamento de dar inveja, sem falar de estar com o metrônomo em dia KKKKKKK.
Para quem estar acustumado a só ouvir discos de prudução rebuscada, esse mostra uma pancada bem crua, com o Darlan (guitarrista) mostrando sua veia Hard. Outra COISA,  a dicção inglesa da vocal é ótima e adorei a Killing in the name... tocar aqueles bichos exige audácia.
Parabéns rapaziada!!!

Disco Demo Banda Arcania: http://www.4shared.com/file/bicvwBUT/Banda_Arcania_EP.html

Disco ao vivo Banda Arcania: http://www.4shared.com/file/9Qglb4M4/Banda_Arcania_ao_Vivo_no_Teatr.html

Download da Música "Calabouço": http://www.4shared.com/audio/XRsWgmL5/Calabouo.html

Download da Música "Saber Dizer Não!": http://www.4shared.com/audio/4SflY4Re/Saber_Dizer_No.html

Download da Músca "Solução Irracional": http://www.4shared.com/audio/1DhJ24Hf/Soluo_Irracional.html

A lógica do discurso hegemônico no Rock Brasileiro


          

            O que faz a dinâmica da rock bralireiro? Perguta que sempre me fiz, como sou da geração Legião, não me atrevi a ir nos primórdios dessa investigação, mas de Legião a Restart já é um bom começo. Então vamos lá.
Primeiramente, considero o discurso das bandas em suas respectivas épocas, secundariamente levo em consideração a característica de seu som, começando por Legião Urbana.
           Sabemos que a banda começa a fazer a seu som ao mesmo tempo que nasce uma porrada de bandas de rock no país; Paralamas, Engenheiros, Kid Abelha, TiTãns, Biquini Cavadão, Barão Vermelho, Capital Inicial, Ira, Plebe Rude... entre tantas outras bandas dos anos 80. 
           A questão é observar o discurso em comum dessas bandas, não é uma missão fácil, pois a própria Legião muda esse discurso a cada disco, mas só superficialmente.  O enfoque é sempre político, amor juvenil, duvidas juvenis, humor descolado e sarro de hipocresias. Mas, uma coisa é marcante: o modo poético de escrever.
             Esses rockeiros saiam das universidadas do país para fazer música, as letras eram rebuscadas, com metáforas belas, que o diga o Oi tudo bem meu nome é otário, do Humberto. O discurso era baseado na instabilidade econõmica do pais, que país é este? dizia o Renato Russo. Mas, sem cair em determinismos, aponto que esse é apenas um dos motivos, a influência que vinha de fora, o neopunk também foi de suma importancia. O que soava nas canções sem solo da Legião e as guitarras com chorus carregados nos dedilhados líricos. Em fim, a poesia em prol da música, auvir essas bandas era uma verdadeira aula de português. 
                                          
             Nos anos 90 o discurso muda, algumas bandas ainda pegam carona nos resquicios do rock 80, sem falar nas bandas que continuam na ativa, porém o que ganha espaço mesmo é o som carregado de gíria, de incrementos novos - como as gringas Red Hot e o Rage Againt - e humor escrachado. Raimundos e Charlie Brawn são a bola da vez, sem falar no Planet Hemp. Cada uma delas adota um discurso, a primeira a diverssão sacana a qualquer custo, a segunda a marginalidade do Skyte e a terceira a proibição da maconha. Porém, a todas elas não faltam esses elementos: som carregado de gíria de suas ideologias; de incrementos novos, principalmente o rap (sendo que  Rodolfo não cantava rap, mas cantava como se tivesse fazendo repente) e humor escrachado.


              Mas, os discursos ideológicos dessas bandas caem por terra e não precisa dizer, porque todos já conhecem o triste fim de Marcelo D2, Rodolfo e Chorão. No entanto como apontado, outras bandas surgem nos resquicios dessa onda que era mais harcore. Porém, a que mais se destaca é o Los hermanos, que lança seu primeiro disco e o mais hardcore de todos. Exatamente na época que raimundos lança seu Só no foréveis (e sua mulher de fases), Charlie Brawn Preço curto, prazo longo e Planet Hemp seu disco ao vivo.
                                            

                 Entretanto, outro elemento paralelo ao harcore se mostra cada vez mais presente e forte: as bandas dos anos 80 voltan com ótimos discos acústicos, trazendo de volta a poesia para o Rock (quem não lembra de Hoje a noite não tem luar?). O cd acústico vira uma febre e realmente deve-se dar importancia a essa característica do rock brasileiro.

                  Então, chegamos a um empasse. Uma dualidade entre discurso (poético) e música (hardcore). A equação dessa dualidade se dá no que foi chamado de emocore. Ora, o país gozava de estabilidade, a poesia gritava sua força, então porque nao gritar Meu amor num riff a la Ramones?

                                      
               Nessa vertente surge uma porrada de bandas, mas uma delas encontra um cara no caminho. Falo da Los hermanos, que agaraiou uma notoridade de fãns no estilo legionário e o cara que ela esbarrou foi o já velhinho, Chico Buarque de Holanda. O que dizer dessa influência? Porque Chico? Ora, Chico é cult, é elite auditiva, é popular, é samba, choro e rock'n roll. E, é importante dizer, o discurso emocore se tornou saturado. Qualquer garoto poderia pegar uma guitarra e cantar letras de amor bobo, letras que não chegavam nem perto das que eram escritas na década de 80. A saída los hermaos foi trazer não só a poética e o hardcore, mas também os lances minusiosos da MPB brasileira, sendo que algumas canções deles são realmente reinterpretações reatalhadas das do Chico Buarque.

                                                             

               Porém, meus amigos... há uma coisa importante a ser considerada nessa análise. Nós, humanos, usamos a razão para classicar as coisas. É uma necessidade. O conceito é fundamental nesse aspecto. Quero dizer que, para uma cadeira ser uma cadeira, ela não pode ser uma mesa, ou melhor ou se é MPB, ou se é Rock. No Brasil a mistura entre esses dois elemntos geralmente recebe o nome de Rock alternativo, ou Sambra rock, depende de como se mistura tais elementos. Os hermanos, trouxe a poesia no estilo Chico e rock anos 80, a pegada rock oitentista com os acordes de samba e a aura de algo alternativo, caindo nos braços dos universitários, artistas e tiozinhos.
              Mas, essa classificação Rock alternativo do Los hermanos se perdeu em si mesma. Parecia pedir uma definição cada vez mais fixa, ai começou a pender, a pender cada vez mais para a MPB; ao mesmo tempo que o outro lado revidava para o Rock. Bem, parece que no meio da disputa a corda esturou no meio e banda acabou. Camelo com sua veia MPB para um lado, Amarante com a sua veia Rock para outro.

              Como conclusão, o que posso dizer? Bem, sobraram os filhos do Los hermanos, repetindo o que eles repetiam do Chicho e se você se lembrar da parte que falo: Qualquer garoto poderia pegar uma guitarra e cantar letras de amor bobo, letras que não chegavam nem perto das que eram escritas na década de 80!!! Pronto, aqui é onde entra o Restart que, na verdade é uma patologia do rock. Sem letras descoladas, sem complexidade estrutural em suas canções, sem harmonias legais etc. A única coisa que o Restart tem, por ironia da vida, é o que acaba profanando o rock, o marketing a todo custo.

              Mas, não sejamos pessimistas. O rock é sempre sobversivo e a internet é o elemento que o deixa respirar, devemos procurar as bandas que estão por ai, na espreita, lutando por seus discursos. Em cada recanto do país existe bandas boas, o lance é pesquisar. 

Abração a todos!!! 

Dissecando - TEMPO BOM


Vai aqui uma  demonstração de como as músicas da Vasto Mundo são contruidas. Tempo Bom, tem uma harmonia relativamente simples. Ela se resume a quatro partes, sendo que o final muda a letra de uma das partes.

A primeira os acordes são D7+/9 e G6.

LETRA: Vixe, esse tempo que não pára , esse tempo que não anda, esse tempo que não cala esse tempo que não, que não dá tempo.
OBS: Esse VIXE, tá ai de próposito. Essa é uma expressão típica do alagoano para demonstrar renuncia a algo que não pode ir de encontro, nesse caso, o tempo. Não aceitamos que certas coisas acabem ao decorrer dele, mas por isso não podemos fazer nada, apenas dizer VIXE.

A segunda parte temos F#m e Em.

LETRA: Que tempo é esse diz pra mim que não entendo?
OBS: Aqui, há uma brincadeira metalinguistica com a própria música, ou seja, o tempo da base do violão com a bateria se chocam, então a pergunta tem o sentido de Que tempo é esse diz pra mim que não entendo?, num sentido musical, sacou? Mas, também tem o sentido de dar sentido a letra, ou melhor, essa parte é uma pegadinha significativa.

Terceira parte temos F e A.

LETRA: Vejo você correr atrás do tempo, vejo você correr; enquanto espero por você!
OBS: Não tem muito a falar dessa parte, a não ser da modulação que dá o caráter sofisticado da harmonia em sua simpliscidade.

Quarta parte temos D e G.

LETRA: Tempo bom, era um tempo Bom.
OBS: Aqui também não tem muita coisa, é um refrão bem particular, todos tivemos nossos tempos bons. Porém, no final voltamos para a parte Terceira com a letra um pouco diferente....

Vejo você correr
Vejo o tempo correr

Então, é isso. Abraço e muito tempo bom a todos